A dor de perder um filho de forma tão repentina e trágica é inimaginável. Os pais de Ana Júlia Corrêa Vieira, uma jovem de 19 anos que morreu afogada após a abertura das comportas de uma barragem em Salto do Jacuí (RS), enfrentam um luto devastador.
A universitária, que sonhava em se tornar engenheira elétrica, teve sua vida interrompida durante um passeio de carnaval com amigos. O acidente ocorreu na última terça, dia 4 de março, quando Ana Júlia estava em uma cachoeira no Rio Jacuí.
Um sinal sonoro foi emitido para alertar sobre a liberação de água, e as pessoas que estavam no local conseguiram sair a tempo, exceto a jovem. De acordo com relatos, ela tentou tranquilizar os amigos ao perceber a força da correnteza, mas acabou sendo levada pela água.
A morte de Ana Júlia gerou grande comoção entre familiares, amigos e colegas de faculdade. Seu pai, emocionado, descreveu a filha como uma jovem sonhadora, estudiosa e carinhosa. A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o caso, mas até o momento trata a tragédia como um acidente. Veja desabafo doloroso dos pais de Ana Júlia:
O Corpo de Bombeiros informou que, no ponto onde o acidente aconteceu, a sirene de alerta não é audível, o que pode ter dificultado a fuga da estudante. A área também é considerada imprópria para banho, embora seja frequentemente visitada por moradores e turistas.
A CEEE Geração, responsável pela operação da barragem, declarou em nota que segue rigorosamente as normas do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e que as comportas foram fechadas assim que os bombeiros solicitaram. A empresa lamentou o ocorrido, mas o caso levantou questionamentos sobre a segurança da área e a eficácia dos alertas.