A morte de uma turista brasileira em uma trilha na Indonésia trouxe à tona questionamentos sobre a segurança de excursões em áreas de risco e a responsabilidade dos profissionais envolvidos.
Juliana Marins, carioca em férias no país asiático, sofreu um acidente fatal após se desequilibrar em uma trilha nas imediações do Monte Rinjani, um dos vulcões mais conhecidos da região.
O caso gerou comoção e indignação, principalmente após declarações feitas por familiares durante uma entrevista ao ‘Fantástico’. Segundo relatos do pai da jovem, o guia responsável pela trilha teria deixado Juliana sozinha por alguns minutos, momento em que ela teria desaparecido.
Durante a entrevista que comoveu o Brasil, o pai de Juliana citou quais foram suas últimas palavras antes de despencar no abismo:
“Juliana falou para o guia que estava cansada e o guia falou: ‘senta aqui, fica sentada’. E o guia nos disse que ele se afastou por 5 a 10 minutos para fumar. Para fumar! Quando voltou, não avistou mais Juliana. Isso foi por volta de 4h. Ele só a avistou novamente às 6h08, quando gravou o vídeo e o enviou ao chefe dele”, disse o pai de Juliana.
A jovem, que teria sentido um mal-estar e parado para descansar, foi deixada sentada enquanto o guia se ausentava para fumar. Quando ele retornou, ela já não estava mais no local. Horas depois, o corpo foi avistado, e o guia teria gravado um vídeo da situação e o enviado ao seu superior.
A família também denunciou falhas no socorro prestado. A equipe de resgate, segundo o relato, contava apenas com uma corda como equipamento para emergências. A tentativa de salvamento foi feita de forma improvisada, sem técnicas de ancoragem adequadas, o que aumentou a sensação de negligência.
Além da tragédia no exterior, a família ainda enfrenta dificuldades no retorno do corpo ao Brasil. Embora a Prefeitura de Niterói tenha assumido os custos do traslado, o transporte encontra entraves com a companhia aérea responsável.
Segundo a irmã de Juliana, há resistência por parte da Emirates em confirmar o voo que trará os restos mortais da jovem até o Rio de Janeiro, o que tem causado mais angústia aos familiares.
O caso levanta debates importantes sobre a fiscalização de empresas turísticas em destinos internacionais e os procedimentos adotados em emergências. Situações como essa reforçam a importância de estruturas de apoio eficientes e guias devidamente capacitados para atuar em cenários de risco.