A dor de um pai que perde seus filhos é indescritível, mas a agonia de perder duas filhas em apenas oito dias é algo que desafia a compreensão. Michel Pereira, pai de Manuela e Antônia, gêmeas de seis anos, vive esse pesadelo desde outubro.
A única coisa que ele afirma ter dado às filhas foi amor, mas agora, restam apenas as memórias e a dor da perda devastadora. Manuela morreu no dia 7 de outubro após sofrer uma parada cardiorrespiratória em Igrejinha, no Rio Grande do Sul.
“Eu sou o pai das meninas, a única coisa que eu dei pra elas foi amor. Até o último momento, eu não acreditava que fosse nada“, disse.
Oito dias depois, sua irmã gêmea, Antônia, faleceu em circunstâncias semelhantes. Ambas foram encontradas com sintomas idênticos e sem sinais aparentes de violência. A semelhança nas mortes e o curto intervalo de tempo entre os casos levantaram suspeitas, levando a mãe das meninas a ser presa como principal suspeita.
A polícia investiga a hipótese de envenenamento. Depoimentos de profissionais da saúde indicam que as crianças apresentaram sinais de hemorragia, levando à suspeita de intoxicação. A mãe, que estava sozinha com as meninas nos momentos das mortes, negou qualquer envolvimento.
No entanto, o comportamento frio e distante relatado por testemunhas contrasta com o amor e cuidado que o pai demonstrava. As investigações continuam, e os laudos do Instituto Geral de Perícias são aguardados para determinar as causas exatas das mortes.
Enquanto isso, Michel, que não é investigado no caso, segue tentando lidar com a irreparável perda de suas filhas, uma dor que nenhum pai deveria enfrentar.