Na terça-feira (21), uma tragédia marcou o povoado Mirza, localizado no município de Morros, a 112 km da cidade de São Luís, capital do estado do Maranhão, quando pai e filho morreram soterrados.
Ambos morreram enquanto trabalhavam para recuperar um poço com aproximadamente 15 metros de profundidade. O incidente gerou grande comoção na comunidade e destacou a precariedade das condições de segurança em obras desse tipo. Infelizmente, casos como este não são incomuns nas regiões mais carentes do Brasil.
As vítimas, identificadas como Erisvaldo Carvalho dos Santos, de 54 anos, e Elisvaldo Silva dos Santos Filho, de 27, trabalhavam no interior do poço, construído por eles há poucos dias.
No momento da tragédia, um vizinho e o filho mais novo de Erisvaldo, que também participavam da atividade, mas conseguiram sair do local a tempo. Moradores da região iniciaram rapidamente os esforços de resgate, enquanto a prefeitura enviou máquinas pesadas, como por exemplo, uma retroescavadeira para ajudar na retirada da terra.
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Atuaram no resgate equipes dos socorristas do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), além do apoio de um helicóptero.
Após horas de trabalho intenso, o corpo de Erisvaldo foi encontrado no fim da noite de terça-feira, enquanto o de Elisvaldo Filho foi localizado na madrugada de quarta-feira (22), a cerca de três metros de profundidade. O acidente chocou a comunidade local e muita consternação em toda a região. Não há informações sobre o velório e sepultamento das vítimas.
O episódio chama atenção para a falta de equipamentos e protocolos de segurança adequados em atividades de escavação manual, comuns em áreas rurais. A ausência de medidas preventivas expõe trabalhadores a riscos elevados, como demonstrado por este caso, que deixou uma família em luto.