Recentemente, o pai de Marco Aurélio Cardenas Acosta, estudante de medicina que teve a vida interrompida pela PM-SP (Polícia Militar de São Paulo), no dia 20 de novembro, publicou uma carta aberta para o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na carta, ele exigiu a punição dos responsáveis por ter matado o seu filho, além de ter expressado a dor que está sentindo por conta da perda repentina de Marco. Na carta, Júlio César, médico e pai do jovem, descreve o assassinato como a maior tragédia da vida da família.
“De maneira mais cruel e covarde”, declarou ele, ao falar sobre o assunto. Em um desabafo carregado de emoção, Júlio César escreveu: “Hoje não tenho vida nem essência, nada. Um fantasma vale mais porque ele tem alma, e eu, não“.
Ele também contestou a versão dos policiais que alegaram que Marco Aurélio tentou pegar a arma de um deles. O médico criticou duramente o secretário de Segurança de São Paulo, Guilherme Derrite, destacando controvérsias, declarando que ele incentiva a morte a violência, mas é alguém responsável pela segurança dos cidadãos.
Derrite, ex-integrante da Rota, foi afastado do grupo de elite da PM devido ao elevado número de mortes em serviço. Em 2021, ele admitiu o motivo da saída, dizendo que teria ‘matado muito ladrão’.
Júlio César também chamou de hipócrita o lamento do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), pela morte do estudante, dizendo que ocorreu apenas por muita pressão. ”
No texto, Júlio César apela ao presidente Lula, o considerando como alguém que pode trazer esperança para sua família e pedindo para que haja Justiça no caso.
Em resposta à crescente violência policial, Tarcísio de Freitas alterou seu posicionamento e reconheceu a importância das câmeras corporais. Anteriormente, ele era contra o uso, mas agora, após recentes casos, se mostrou a favor.