A vida do motoboy Marcos Tuci, de 51 anos, mudou completamente no último sábado. Assim como outras famílias, ele ficou profundamente marcado pelo atentado cometido em uma escola de São Paulo.
Tuci é pai do adolescente detido pelo ataque. Ele esteve na delegacia, onde prestou depoimento, e na saída conversou com jornalistas. Bastante emocionado, ele pediu perdão pelo filho e revelou sentir culpa.
A arma usada pelo menor no atentado pertencia à Tuci e, apesar de a princípio estar regularizada, o motoboy não esconde o arrependimento em te-la. À jornalistas, ele falou sobre o motivo de ter o revólver.
“Arma é uma coisa negativa. Quem tem arma em casa, entregue. Tive por 29 anos e nunca usei. Olha a tragédia que causou na minha vida”, disse.
Sobre o filho, Tuci alegou que o garoto foi criado de forma correta, que chegou catequese e primeira comunhão. O motoboy afirmou que o filho nunca havia demostrado interesse em armas.
Tuci se mostrou surpreso com a atitude do menor e alegou que, em razão do bullying que o filho sofria, chegou a ter medo de que o garoto fizesse algo contra si mesmo, mas que não imaginava o que acabou acontecendo.
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“A arma era minha, eu sinto, mas o que estou sofrendo não é nem 10% do que essa família está sofrendo com a perda da filha“, lamentou. O motoboy afirmou ainda que não vai desistir do filho, apesar do que aconteceu.
Tuci reforçou que o filho precisou de ajuda, em razão do bullying que sofreu, e que houve omissão, mas também alegou não ter justificar a atitude do adolescente.