No último dia 8 de maio, um sermão ministrado dentro de uma igreja católica acabou repercutindo nas redes sociais e gerando revolta. Durante a “Missa Solidária em Oração pelo Rio Grande do Sul”, o Padre Paulo Santos associou a tragédia que impactava o estado à um suposto “afastamento” entre o povo e Deus.
O problema é que na sequência, o padre afirma que o estado é o mais “ateu da federação” e também chama a atenção para a presença de “centros de macumba na cidade de Porto Alegre”, associando a tragédia à religiões de matriz africana e ao ateísmo.
A declaração aconteceu na paróquia São Francisco de Paulo, no município de Nova Andradina (MS), e chegou ao conhecimento do Ministério Público Federal, que apresentou denúncia contra o discurso do padre.
Para o órgão, as declarações do padre extrapolam o direito de liberdade de expressão e culto religioso, já que ele atribui uma catástrofe climática à prática de religiões que divergem da sua.
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Influenciadora também foi denunciada por intolerância religiosa
Há dois dias atrás, o Ministério Público de Minas Gerais também prestou denúncia contra a influenciadora Michele Abreu. Em suas redes sociais, Michele fez afirmações graves e também associou a tragédia à religião de matriz africana.
“Eu não sei se vocês sabem, mas o Estado do Rio Grande do Sul é um dos Estados com maior número de terreiros de macumba, mais do que a Bahia. (…) Alguns profetas já estavam anunciando sobre algo que ia acontecer no Rio Grande do Sul, devido à ira de Deus mesmo”, disse no dia 5 de maio.
Michele foi proibida de deixar o país enquanto dura o processo e também foi proibida de fazer declarações semelhantes nas redes sociais. Ela deve responder por intolerância religiosa.
