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Operação da polícia mira empresa do RJ que comprou 800 toneladas de carne estragada das enchentes do RS e revendeu

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Produto foi comprado sob pretexto de que seria usado para produção de ração para animais.

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Agentes da Polícia Civil do Rio, e da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, atuaram em conjunto na operação “Carne Fraca”, no município de Três Rios. O alvo é uma empresa responsável por vender cerca de 800 toneladas de carne bovina que havia sido contaminada nas enchentes que atingiram o RS.

Três Rios fica no Rio de Janeiro e faz fronteira com Juiz de Fora (MG). O município é palco das investigações porque a empresa investigada tem sede por lá. Segundo as investigações, a polícia comprou 800 toneladas de carne estragada alegando que o produto seria usado para produzir ração de animais.

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No entanto, segundo a polícia, a empresa teria colocado a carne a venda e fornecido para supermercados. A carne veio do Rio Grande do Sul e ficou submersa na água das enchentes, o que deveria ter condenado seu consumo.

O caso começou a ser investigado pela Delegacia de Polícia de Proteção aos Direitos do Consumidor, Saúde Pública e da Propriedade Intelectual, Imaterial e Afins (Decon/Deic) do RS e agora conta com a parceria da Polícia Civil do RJ.

A polícia acredita que a empresa tenha se aproveitado da tragédia ambiental para adquirir 800 toneladas de carne a preço extremamente baixo, alegando que o produto seria usado para fazer ração animal. No entanto, após tratar da carne e disfarçar a aparência de podre, a empresa comercializou o produto normalmente, para consumo humano.

“Aquela deterioração provocada pela lama, pela água, que ficaram acumuladas no frigorífico e em toda cidade da capital gaúcha, deixou alguns efeitos deletérios. Esses efeitos foram retirados, como eu disse, maquiados, para fazer a revenda”, afirmou o delegado Wellington Pereira.

A carne era mantida por um frigorífico em Canoas, no RS, e ficou dias submersa em água de enchente. O produto chegou a ser comercializado para fora do país, vendido a outras empresas. A Polícia do Rio acredita que a empresa tenha faturado mais de 1000% do valor investido para adquirir a carne podre.

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O caso vinha sendo investigado desde maio do ano passado e, nesta semana, a polícia realizou operações e cumpriu mandados de busca e apreensão, além de ordens de prisão. O caso foi denunciado porque os golpistas venderam parte da carne comprada para a mesma empresa que havia vendido.

A empresa original reconheceu as etiquetas do produto e, sabendo da procedência, acionou a polícia. Um grupo foi preso e devem responder por crime de venda e estocagem de mercadoria imprópria para consumo, além de associação criminosa.

Sobre o Autor

Roberta R

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