O futebol é o esporte mais praticado do mundo e, não à toa, é um grande fenômeno em diferentes países. Embora o esporte proporcione incontáveis histórias de união, também acaba envolvido em histórias lamentáveis.
Na última semana, um caso revoltante aconteceu durante uma partida pela Libertadores Sub-20. A partida entre Palmeiras e Cerro Porteño, do Paraguai, foi marcada por ataques racistas contra jogadores brasileiros.
O caso ganhou repercussão especialmente pela entrevista dada por Luighi, jovem atleta palmeirense que se recusou a falar sobre a partida, para denunciar a violência que havia sofrido.
Após ser pressionada, a Conmebol impôs punições ao clube paraguaio. As punições, no entanto, foram consideradas brandas demais por clubes brasileiros – que ao longo dos anos vem se tornando alvo de racismo em competições continentais.
O clube paraguaio sofreu três punições apenas: teve torcida banida na competição sub-20, foi condenada a pagar uma indenização de 50 mil dólares e foi forçada a fazer uma campanha antirracista em suas redes sociais.
A terceira parte da punição foi nesta terça-feira (11/03), mas o resultado é no mínimo frustrante. O clube publicou um vídeo com a campanha “o futebol nos une, o racismo nos divide”, mas os comentários são revoltantes.
https://www.instagram.com/p/DHDoUYsge9c/
Nos comentários, inúmeros torcedores do clube paraguaio deixaram mensagens racistas contra brasileiros. “El futbol nos une, el racismo nos hace hermanos (o futebol nos une, o racismo nos torna irmãos)”, escreveu um usuário, ironizando a campanha.
Até o momento, os comentários racistas na publicação ainda não foram comentados por nenhum representante da Conmebol. No Brasil, os ataques tem gerado revolta entre torcedores.
Dirigentes de clubes brasileiros também estariam em reuniões para subir o tom contra a Conmebol, que organiza os torneios continentais e é responsável por tomar medidas.
