Uma série de homicídios chocou as cidades de Regente Feijó e Anhumas, ambas localizadas no interior do estado de São Paulo, com três pessoas assassinadas a tiros em um intervalo de apenas meia hora nesta segunda-feira (16).
O responsável pelos crimes, o agente penitenciário Eduardo de Souza Silva, de 43 anos, foi preso em flagrante e teve sua prisão preventiva decretada após audiência de custódia. Os sepultamentos das vítimas ocorreram nesta terça-feira (17), em cerimônias marcadas por luto e indignação.
As vítimas foram identificadas como Ricardo Alexandre Massaranduba, de 49 anos, mecânico com quem o autor mantinha desentendimentos comerciais; Solange Paula de Oliveira, de 43 anos, ex-companheira de Eduardo; e Marco Cesar Gomes Alves, de 55 anos, colega de trabalho do suspeito.
As mortes ocorreram em sequência, sendo as duas primeiras em Regente Feijó e a terceira em Anhumas, a cerca de 15 km de distância. A investigação conduzida pela Polícia Civil revelou que os crimes tiveram motivações pessoais.
Segundo apurado, Eduardo teria atirado em Solange após um desentendimento, configurando feminicídio. Em seguida, assassinou Ricardo, com quem tinha pendências comerciais, e, por fim, deslocou-se até Anhumas, onde matou Marco Cesar, desafeto no ambiente de trabalho.
A arma utilizada foi uma pistola calibre .40 de propriedade particular do acusado, que tentou se desfazer dela antes de se entregar. Durante os depoimentos, o delegado responsável pelos casos, Airton Guelfi, afirmou que os homicídios foram premeditados e ocorreram em situações de extrema vulnerabilidade das vítimas, caracterizando qualificadoras como dificuldade de defesa.
O delegado também destacou que, após os crimes, o suspeito cogitou suicídio, mas optou por se render à polícia. Os episódios reforçam a urgência de medidas que combatam a violência interpessoal e o feminicídio, além de enfatizar a importância de suporte psicológico para lidar com conflitos e evitar tragédias semelhantes.
A sequência de mortes deixou uma marca profunda nas comunidades locais, que clamam por justiça e por ações efetivas para prevenir novos atos de violência. O caso segue sob investigação.