O assassinato de Cristiana Almeida Araújo de Andrade, de 39 anos, marcou profundamente a pequena cidade de Palmeira, localizada na Serra Catarinense. Com pouco mais de 2,6 mil habitantes, a comunidade ficou em luto após a servidora pública municipal ser morta a tiros pelo próprio marido no último domingo (24).
O crime trouxe à tona a gravidade da violência doméstica e a necessidade de reforçar ações de proteção para as mulheres. Cristiana, carinhosamente chamada de Cris por amigos e familiares, foi atingida por quatro disparos no peito e abdômen.
Após o ato, o marido, de 61 anos, abandonou o corpo da vítima em uma estrada de acesso à localidade de Cerro Alto, município vizinho, e ligou para a polícia confessando o crime.
Ele afirmou que se entregaria apenas após 48 horas, período necessário para evitar a prisão em flagrante. A Polícia Militar localizou o suspeito em uma propriedade rural, onde ele foi preso e revelou o paradeiro da arma utilizada no feminicídio.
A morte da servidora pública chocou amigos e moradores, que lembraram de Cris como uma mulher alegre e cheia de vida. A Prefeitura de Palmeira decretou luto oficial e suspendeu as atividades do Paço Municipal na tarde de segunda-feira (25) em homenagem à vítima.
Cristiana deixa duas filhas e um legado de amizade e dedicação, conforme relataram pessoas próximas. O caso ressalta a urgência de combater a violência de gênero, que muitas vezes culmina em feminicídios.
É essencial promover iniciativas que ajudem mulheres em situação de risco, oferecendo acolhimento e suporte, além de incentivar a denúncia de comportamentos abusivos. A luta por um futuro mais seguro para todas as mulheres passa pela conscientização e ação conjunta da sociedade e das autoridades.
