A tragédia que vitimou a jovem bombeira civil Aparecida dos Santos Silva, conhecida como Dheyna, expõe mais uma vez a gravidade da violência contra mulheres no Brasil.
Dheyna, de 25 anos, foi assassinada na última quinta-feira (12) na cidade de Fortaleza, capital do estado do Ceará, supostamente pelo ex-namorado Francisco Lucas César da Silva, de 30 anos, que não aceitava o término do relacionamento.
O caso, marcado por perseguições e ameaças prévias, destaca os perigos do feminicídio e a necessidade de medidas preventivas eficazes. Segundo relatos de familiares, Dheyna havia rompido o relacionamento com Francisco Lucas há cerca de 20 dias, após suspeitar de traição.
Desde então, ele passou a persegui-la insistentemente, chegando a enviar 89 áudios em um único dia. A jovem chegou a mudar de residência para fugir do ex-companheiro, mas o assédio continuou. Na noite do crime, Lucas teria invadido a casa de Dheyna pulando o muro e a estrangulado enquanto ela dormia.
A vítima já havia registrado a insistência do ex-namorado, inclusive filmando momentos em que ele batia no portão de sua casa e a chamava pelo apelido de Dheyna.
O vídeo foi compartilhado com amigos e familiares como forma de alertar sobre as ameaças que sofria. Infelizmente, os sinais de perigo não foram suficientes para evitar a tragédia.
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Francisco Lucas foi preso no mesmo dia do crime, no município de Baturité, a cerca de 100 quilômetros de Fortaleza, e teve sua prisão convertida em preventiva após audiência de custódia.
O corpo de Dheyna foi sepultado na sexta-feira (13), em uma cerimônia marcada pela dor de amigos e familiares, que agora clamam por justiça.
A Secretaria da Segurança Pública do Ceará informou que a causa oficial da morte será confirmada após a conclusão do laudo pericial.
O caso segue sob investigação dos agentes da Polícia Civil. O feminicídio de Dheyna é mais um exemplo de como o ciclo de violência pode ser fatal. É imprescindível que medidas mais eficazes sejam implementadas para proteger vítimas de relacionamentos abusivos.
Denúncias de perseguição e ameaças precisam ser levadas a sério, e mecanismos de acolhimento devem ser fortalecidos para impedir que tragédias como essa se repitam.