Ao longo dos últimos anos, o Brasil viu um aumento gradativo no número de atentados, tentativas de atentado e casos de violência em escolas, de diferentes níveis, pelo país.
Só no começo deste ano, já foram dezenas de casos, alguns concretizados e outros frustrados pela polícia. A maneira como os casos são retratados na imprensa possuem um impacto na maneira como a sociedade reage à eles.
Esse impacto é chamado de “efeito de contágio”, que diz respeito especificamente a maneira como algumas pessoas reagem. Isto é, especialistas apontam que certas coberturas podem gerar um contágio em indivíduos que já possuem algum tipo de inclinação a reproduzir o ato.
Conforme diversos especialistas e fontes esclarecem, geralmente o perfil dos autores de tais atos é voltado ao reconhecimento. São pessoas que querem que seus nomes e rostos fiquem conhecidos porque, entre seus pares, receberão credibilidade.
O que acontece nesses casos é que um caso pode inspirar outros, gerando imitadores. Por isso, a maneira como os casos são acompanhados pela imprensa é muito importante.
Nesta semana, diversos editoriais brasileiros anunciaram que não vão mais divulgar o rosto e nomes, ou outros detalhes sensíveis, em casos de novos atentados. Essa é uma medida que visa diminuir o “efeito de contágio”.
Isso não significa que pessoas aleatórias vão se contaminar e planejar ataques; pelo contrário, são pessoas já inclinadas, que talvez já tenham planos, que vão se sentir motivadas a coloca-los em prática.
Neste caso, quanto menor a mídia dada ao autor, menor o impacto.