O acidente com um balão de ar quente em Praia Grande, no Sul de Santa Catarina, segue repercutindo em todo o Brasil. A bordo estavam 21 pessoas em um passeio turístico que acabou interrompido de forma inesperada por um incêndio em pleno voo.
O fogo causou a queda da aeronave na manhã de sábado, dia 21 de junho e deixou um rastro de dor e comoção. Oito pessoas perderam a vida, e os detalhes sobre onde cada uma foi encontrada ajudam a dimensionar a gravidade do ocorrido.
Quatro vítimas morreram dentro do cesto, consumidas pelo fogo, e outras quatro tentaram escapar saltando de grandes alturas. Uma dessas pessoas foi localizada a cerca de 500 metros do ponto central da queda, revelando o desespero daqueles que buscaram sobreviver a qualquer custo.
As outras vítimas estavam espalhadas pela área de mata no entorno do local da colisão. As equipes de resgate mobilizaram mais de 90 profissionais, entre bombeiros, policiais e socorristas.
Helicópteros e ambulâncias vieram de municípios vizinhos, como Torres e Cambará do Sul, para auxiliar nas buscas. Treze pessoas sobreviveram. Algumas delas foram levadas a hospitais com queimaduras e dores lombares provocadas pelo impacto.
Cinco já receberam alta, enquanto outras seguiram internadas por precaução e estado emocional. Segundo o delegado-geral da Polícia Civil, Ulisses Gabriel, o incêndio pode ter se iniciado por um botijão de gás reserva posicionado na base do cesto.
O piloto ainda tentou usar um extintor, mas sem sucesso. Após uma tentativa de descida de emergência, o balão perdeu parte da carga com os saltos, subiu novamente e só caiu quando já estava tomado pelas chamas.
O governo de Santa Catarina decretou três dias de luto oficial. As investigações continuam para esclarecer todas as circunstâncias, enquanto familiares das vítimas e a população catarinense tentam lidar com as cicatrizes deixadas por um acidente que ninguém esperava e que marcou profundamente a história recente da região.