Marcela Gonçalves Feitosa de Melo, a assistente social que perdeu a vida em um acidente no Cruzeiro, Distrito Federal, estava prestes a completar 38 anos na próxima segunda-feira (7). Segundo amigos próximos, Marcela adorava festas e estava organizando a celebração de seu aniversário.
O acidente fatal aconteceu na última terça-feira (1º), quando o carro que ela dirigia colidiu na traseira de um veículo parado em uma faixa de pedestre. Um laudo preliminar apontou que a morte foi causada por um fragmento do airbag que atingiu sua cervical.
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A Polícia Civil, que investiga o caso, ainda aguarda outros laudos do Instituto de Criminalística para confirmar a origem do fragmento que causou o acidente. O delegado Victor Dan, responsável pela investigação, afirmou que a peça é compatível com o airbag do carro.
O veículo de Marcela, um Toyota Etios XS 1.5 modelo 2015/2016, estava com recall pendente desde 2019 para substituição dos airbags, conforme informado pela própria fabricante. O dispositivo, produzido pela empresa japonesa Takata, já foi identificado como defeituoso em milhões de veículos em todo o mundo.
A Takata utilizava um composto químico chamado nitrato de amônio para inflar os airbags durante colisões. No entanto, esse composto pode se tornar altamente explosivo ao longo do tempo, especialmente quando exposto a calor e umidade, o que compromete a integridade do equipamento e pode levar à corrosão de peças internas.
(Peça de airbag que atingiu motorista no DF — Foto: Reprodução/PCDF)
Nos últimos anos, airbags fabricados pela Takata se tornaram o centro de um escândalo global, resultando em acidentes graves e levando a empresa à falência. Nos Estados Unidos, onde mais de 20 milhões de carros foram equipados com os dispositivos defeituosos, a Takata foi multada em mais de 1 bilhão de dólares e se declarou culpada.
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No Brasil, cerca de 2,5 milhões de carros circulam com airbags defeituosos
No Brasil, cerca de 2,5 milhões de veículos ainda circulam com airbags fabricados pela Takata, representando um risco considerável para os motoristas. Segundo a Secretaria Nacional de Trânsito (SENATRAN), os proprietários de veículos com recall pendente devem ser alertados pelas montadoras para que providenciem a substituição gratuita do equipamento.
A Toyota, em nota, afirmou que há campanhas de recall ativas para o modelo do carro de Marcela há cinco anos, e que está à disposição para fornecer maiores informações mediante os resultados da perícia técnica.
O caso de Marcela Gonçalves Feitosa de Melo evidencia a importância de atender aos chamados de recall para a substituição de componentes de segurança. Saiba mais sobre o recall:
- O recall é grátis;
- Não há prazo de validade para o recall;
- Carros mais velhos podem ser consertados a qualquer momento;
- Tenha em mãos o número do chassi ou a placa para descobrir se o airbag precisa ser trocado;
- Carros que não fizerem o recall em um ano após o chamamento não terão licenciamento.
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A tragédia relembra a necessidade de vigilância constante e do cumprimento das medidas de segurança para evitar que acidentes como esse continuem a ocorrer.
