Em uma ação coordenada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul, o influenciador digital Nego Di e sua esposa, Gabriela Sousa, estão sendo investigados por suspeita de lavagem de R$ 2 milhões.
A operação, realizada na manhã desta sexta-feira (12) no litoral de Santa Catarina, visa apurar a legalidade das rifas virtuais promovidas pelo casal, que segundo o MP, são ilegais.
Mandados de busca e apreensão foram executados, embora as identidades dos investigados não tenham sido oficialmente divulgadas pelo Ministério Público, a reportagem do G1 confirmou tratar-se de Nego Di e Gabriela Sousa.
Os advogados de defesa, Hernani Fortini, Jefferson Billo da Silva, Flora Volcato e Clementina Ana Dalapicula, declararam que ainda não tiveram acesso aos autos do inquérito, mas afirmam que a inocência de seus clientes será provada em momento oportuno.
Durante a operação, foram apreendidos dois veículos de luxo pertencentes aos investigados e uma arma de uso restrito das Forças Armadas, sem registro, que resultou na prisão em flagrante de Gabriela Sousa. O promotor de Justiça Flávio Duarte é o responsável pela investigação.
Além das apreensões físicas, o Ministério Público busca coletar documentos, dispositivos eletrônicos e mídias sociais para obter uma visão completa dos crimes supostamente praticados e dos valores envolvidos.
A Justiça também autorizou o bloqueio de contas e a indisponibilidade de bens tanto dos investigados quanto de terceiros relacionados aos fatos em apuração.
Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, é natural de Porto Alegre e ganhou notoriedade ao participar do Big Brother Brasil em 2021, integrando o grupo Camarote e sendo o terceiro eliminado do programa com 98,76% dos votos.
O caso ressalta a crescente preocupação com a legalidade das atividades online e o uso de plataformas digitais para práticas ilícitas. A investigação em curso deve esclarecer a extensão dos supostos crimes e servir de alerta sobre a importância da transparência e legalidade nas transações virtuais.