Nesta quinta-feira (14/11), Alexandre de Moraes se manifestou sobre as explosões na Praça dos Três Poderes. Um homem, identificado como Francisco Wanderlei Luiz, foi o autor do atentado e tinha o STF como alvo.
O ministro da Corte, Alexandre falou hoje sobre o ataque, durante uma aula magna no Conselho Nacional do Ministério Público. O ministro condenou o ataque e defendeu que, ao contrário do que muitos defendem, o crime não foi um ato isolado.
“O contexto é um contexto que se iniciou lá atrás, quando o famoso gabinete do ódio começou a destilar discurso de ódio contra as instituições, contra o Supremo Tribunal Federal, principalmente. Contra a autonomia do Judiciário, contra os ministros do Supremo e as famílias de cada ministro”, afirmou.
Moraes falou também sobre o direito de liberdade de expressão, reforçando que este princípio não é uma liberação para crimes como ameaças, ofensas, coação, intimidação, etc. O ministro reforçou que crime e liberdade de expressão são coisas diferentes.
Ainda em sua fala, Moraes defendeu que as investigações deixem de ser conduzidas pela Polícia Civil do Distrito Federal e sejam assumidas pela Polícia Federal e o Supremo Tribunal Federal.
O ministro também rebateu a possibilidade de anistia dos condenados pelo 8 de janeiro. Para Moraes, os eventos do 8 de janeiro e o atentado da última quarta-feira estão, de certa forma, ligados e não podem ser ignorados. O ministro defendeu que criminosos anistiados são criminosos impunes.
