Quando um crime é cometido por um adolescente, o impacto na sociedade costuma ser profundo. Há um sentimento generalizado de repulsa e preocupação, não apenas pelo ato em si, mas pelo o rompimento completo da inocência e o sinal de que algo falhou em muitas esferas.
Em Itaperuna, interior do Rio de Janeiro, esse alarme tocou com força: um garoto de 14 anos assassinou os próprios pais e o irmão de 3 anos. Mas o que mais choca é que ele não estava sozinho.
Em tempo real, enquanto cometia os crimes, ele recebia mensagens de incentivo de sua namorada virtual, uma adolescente de 15 anos, que chegou a fazer um pedido espantoso: fotos dos corpos das vítimas.
A investigação conduzida pela Polícia Civil revelou uma série de trocas de mensagens entre o casal. O diálogo, segundo os delegados envolvidos, demonstrava frieza extrema. A jovem não apenas sabia dos assassinatos, mas os encorajava com frases como “agora atira nela”.
Ela ainda chegou a sugerir que ele se livrasse dos corpos por meio de desmembramento, incineração ou até mesmo como alimento para porcos. Os dois adolescentes mantinham um relacionamento virtual há seis anos e teriam se inspirado em um jogo de terror para planejar a ação.
O “plano de fuga” previa que o garoto se mudasse para o Mato Grosso, onde moraria com a jovem e trabalharia como empacotador. Para isso, ele chegou a pesquisar como sacar os R$ 33 mil do FGTS do pai já falecido.
Ainda mais perturbador é o fato de que, segundo a polícia, ambos planejavam eliminar qualquer um que se opusesse ao “amor proibido” deles. A avó do menino seria a próxima vítima, e a garota também cogitou matar sua própria mãe.
O caso agora mobiliza autoridades em dois estados e levanta questionamentos urgentes sobre o impacto da tecnologia, saúde mental juvenil e o papel da família em tempos de hiperconexão.
