Em certas ocasiões as pessoas se deixam levar pelas demonstrações de afeto mais intensas, mas o que parece um simples gesto de carinho pode, em alguns casos, representar um risco à saúde.
Entre os episódios que chamam a atenção, há relatos médicos de complicações inesperadas decorrentes de uma prática comum: o chupão no pescoço. Especialistas alertam que a pressão exercida nessa região pode causar lesões na artéria carótida, resultando em consequências graves, como um acidente vascular cerebral (AVC).
Casos documentados pela literatura médica ilustram essa possibilidade. Na Nova Zelândia, um episódio chamou a atenção quando uma mulher de 44 anos foi hospitalizada após apresentar fraqueza e, posteriormente, perder o movimento do braço direito.
Os exames revelaram sinais de AVC, e a causa surpreendeu os médicos: um chupão no pescoço. Um caso semelhante ocorreu na Dinamarca, envolvendo uma mulher de 35 anos que sofreu um AVC poucas horas após receber um chupão na mesma região.
A explicação médica para esses episódios está na dissecção da artéria carótida, que ocorre quando há uma ruptura na parede da artéria, levando a um sangramento interno que pode reduzir o fluxo sanguíneo para o cérebro. Essa condição é uma das principais causas de AVC em pessoas jovens e pode ser desencadeada por diferentes fatores, incluindo traumas externos.
Embora o chupão seja um dos possíveis gatilhos, outras situações do dia a dia também podem provocar esse tipo de lesão, como pancadas em acidentes, esportes de impacto e até mesmo andar de montanha-russa.
Nos casos relatados, as pacientes receberam atendimento médico e tiveram alta sem sequelas, mas a situação reforça a necessidade de atenção aos sinais do corpo. Muitas vezes, esse tipo de lesão pode passar despercebido, manifestando-se apenas como uma dor passageira no pescoço.
No entanto, se sintomas como fraqueza, dormência ou perda de movimentos surgirem após um trauma na região, é fundamental buscar avaliação médica para descartar complicações mais graves. A recomendação dos especialistas não é de proibição, mas sim de atenção aos sinais que o corpo pode dar após um episódio desse tipo.
Embora raros, os casos registrados demonstram que a saúde vascular pode ser afetada de formas inesperadas, reforçando a importância da prevenção e do conhecimento sobre os riscos associados a atividades cotidianas.