Casos de violência doméstica, infelizmente, podem evoluir para situações de cárcere privado, onde a vítima é isolada e mantida sob constante vigilância e ameaça. Muitas vezes, o medo e o controle exercido pelo agressor impedem que a vítima busque ajuda imediata, prolongando o sofrimento por dias, meses ou até anos, antes que uma oportunidade de fuga surja.
Foi o que aconteceu com uma mulher no Distrito Federal, que ficou três dias em cárcere privado antes de conseguir pedir socorro de forma criativa. Ela fez uma ligação à Polícia Militar simulando um pedido de pizza.
O policial que atendeu a chamada percebeu o código por trás da fala da vítima, que disse estar com fome e pediu ajuda entre lágrimas. Quando a equipe chegou ao local, a mulher saiu correndo da casa, visivelmente abalada e desesperada. Ouça a ligação que a mulher fez para a PM:
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Segundo a vítima, ela foi ameaçada durante todo o período pelo seu companheiro, de 60 anos, que a manteve trancada e a agrediu fisicamente. Ela também relatou que sofreu abusos sexuais e tortura enquanto estava presa. O homem foi preso em flagrante e autuado com base na Lei Maria da Penha.
A vítima já vinha mantendo um relacionamento com o agressor há cerca de cinco meses. Este caso trágico ressalta a importância de ferramentas criativas e redes de apoio que possibilitem que as vítimas de violência doméstica busquem ajuda mesmo em situações extremas de controle.
