Um depoimento chocante revelou os episódios de violência extrema vividos por uma detenta, identificada como Leandra, dentro de uma unidade prisional. A suspeita relatou ter sido submetida a espancamentos, ameaças de morte e diversas formas de violência física e psicológica, em um cenário que evidencia a gravidade da situação nos presídios brasileiros.
Segundo o depoimento, Leandra sofreu agressões repetidas, que chegaram a fazê-la desmaiar quatro vezes. Durante os ataques, outras internas arrancaram pontos cirúrgicos de seu seio, desferiram chutes em áreas sensíveis como a cabeça, pescoço e peito, e usaram toalhas para sufocá-la.
A violência incluiu ainda o uso de um cabo de vassoura para agredi-la em partes íntimas do corpo, com ameaças de repetir os atos. A vítima relatou também insultos, incluindo frases como “morra diaba”, e descreveu um clima de terror, com ameaças de morte constantes.
Após as agressões, Leandra foi colocada em uma cela isolada, descrita como uma espécie de solitária. Embora o ambiente fosse extremamente precário, ela afirmou preferir permanecer lá, pedindo apenas água e um recipiente para suas necessidades básicas.
Em sua declaração, ressaltou o medo de novos ataques e a promessa das internas de assassiná-la durante a madrugada. “Elas juraram que até 3h da manhã vão me matar”, relatou, destacando o trauma dos episódios de violência extrema.
O caso ilustra não apenas a vulnerabilidade de mulheres encarceradas, mas também a falência de mecanismos de proteção dentro do sistema prisional. A superlotação, a falta de monitoramento adequado e a ausência de políticas efetivas para evitar abusos contribuem para que situações como essa continuem acontecendo.
A denúncia reforça a necessidade de medidas urgentes para garantir a segurança e os direitos básicos das pessoas em privação de liberdade, assegurando que a pena de reclusão não se converta em punições arbitrárias, desumanas ou cruéis dentro das unidades prisionais.
