O aumento constante de casos de feminicídio no Brasil revela um cenário preocupante que se espalha por todas as regiões do país. Diariamente, histórias de violência envolvendo ex-companheiros que não aceitam o fim de relacionamentos reforçam a urgência de políticas eficazes de proteção à mulher.
Em meio a esse triste panorama, um episódio no interior do Rio Grande do Sul chamou a atenção pela reviravolta inesperada que salvou uma vida. Na cidade de São Francisco de Assis, uma mulher de 28 anos escapou por muito pouco de um desfecho mais grave após ser alvo de uma tentativa de homicídio.
O autor dos disparos foi seu ex-companheiro, de 34 anos, que, inconformado com o término da relação, apareceu armado na residência da vítima. Ele efetuou ao menos oito disparos com um revólver calibre 22.
O que ninguém esperava é que um item comum do cotidiano local se tornaria peça-chave nesse desfecho: a bomba de chimarrão. No momento do ataque, a mulher estava sentada na área externa da casa tomando chimarrão, hábito tradicional da região sul.
Um dos tiros, que possivelmente atingiria o peito da vítima, acabou sendo desviado e absorvido pela haste metálica do utensílio. A bomba quebrou com o impacto e, surpreendentemente, impediu uma lesão mais grave ou até mesmo fatal.
Outro disparo atingiu as costas da mulher, que foi imediatamente socorrida e levada para um hospital em Santa Maria. Ela recebeu atendimento médico e está fora de perigo. A polícia está em busca do agressor, que fugiu do local após o ataque.
O caso serve de alerta sobre a gravidade da violência doméstica e reforça a importância de denunciar ameaças desde os primeiros sinais. E, neste episódio, o improvável se tornou o herói silencioso da história.