A dor da perda já é insuportável por si só. Mas quando a morte vem cercada de mistérios, a ausência se transforma em um verdadeiro pesadelo. É o que vive Fernanda Dândalo, farmacêutica de 34 anos, que perdeu seu marido, o empresário Adalberto dos Santos Júnior, de maneira trágica e inexplicável.
Ele foi encontrado morto dentro de um buraco de obra no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, dias após desaparecer. Casados havia oito anos, o casal planejava aumentar a família ainda este ano.
Agora, Fernanda vive o luto marcado por perguntas sem respostas. “Estamos passando por um pesadelo. Eu amo meu marido mais que tudo. Ninguém saberá a dor que estou sentindo. Preciso de respostas”, desabafou, em entrevista e nas redes sociais.
Ela afirma que Adalberto jamais se colocaria em uma situação que justificasse a forma como foi encontrado: sem calça, sem tênis e dentro de um buraco de apenas 45 cm de largura e três metros de profundidade.
Adalberto havia desaparecido após participar de um evento de motos no autódromo na noite de sexta, dia 30 de maio. Segundo um amigo, ele se despediu dizendo que daria a volta para buscar o carro. Ele nunca mais foi visto com vida.
O corpo foi achado na terça, dia 3 de junho, com celular, carteira, documentos e aliança, mas sem sinais aparentes de violência. A Polícia Civil trata o caso como morte suspeita. A perícia aponta que ele já estava morto quando foi colocado no local.
A hipótese de crime ganha força, já que não há indícios de que ele tenha tentado sair do buraco, nem sinais de ferimentos. A investigação segue aberta. Fernanda, agora viúva, cobra respostas com firmeza e dor.
“Tudo me lembra ele. Está muito difícil saber que você não voltará. Te amo para sempre”, escreveu. O caso, envolto em silêncio e estranhezas, é um alerta sobre o quanto o inesperado pode mudar tudo e o quanto a verdade é urgente para quem fica.
