Alguns dias antes de tragédia que ceifou a vida de três mulheres de diferentes gerações de uma mesma família em um apartamento, em Belo Horizonte, a mãe, Daniela Teixeira Antonini, de 42 anos de idade, desabafou em suas redes sociais.
Na ocasião, ela falou sobre as dificuldades em cuidar de sua filha pequena em meio a um longo período de internação. Morando no décimo terceiro andar, Daniela vivia com sua mãe, Cristina Lúcia Bastos Teixeira, de 68 anos, e a filha bebê, de 1 ano.
Após um período de ausência de movimentação no apartamento, a síndica do prédio, arrombou a porta e se deparou com os três corpos em estado avançado de decomposição. Quatro cães também foram achado mortos.
Daniela era mãe solo de Giovanna, portada de artresia de esôfago e dependente de alimentação por sonda. Desde a gravidez, ela lutada para dar à filha os cuidados médicos necessário.
Em março, após mais de um mês internadas, mãe e filha dividiram um quarto de hospital superlotado, sem ventilação adequada, dividindo banheiro e refeições ruins.
“Dividindo banheiro sujo com mais 36 leito, só com basculante, sem ar condicionado ou ventilador, geladeira, nem uma fruta vem, nem um café e ainda passando raiva, onde assina para ser pai ao invés de mãe? Alguém me fala?”, desabafou.
Num bilhete deixado no apartamento, Daniela relatava o atraso no aluguel e suplicava por ajuda, encerrando a carta com desculpas à família e à administração do condomínio.
No último contato feito por parentes, na quinta, dia 8 de maio, ninguém atendeu à campainha. A falta de resposta motivou o acionamento da síndica e, posteriormente, da Polícia Militar, que encontrou o odor forte vindo do interior do imóvel.
As autoridades aguardam o resultado da perícia para determinar a causa exata das mortes. No momento, muitas pessoas seguem lamentando a tragédia.