Em outubro do ano passado, um homem embriagado furou uma blitz e atropelou um policial no meio do processo. O motorista do carro era Raimundo Cleófas Alves Aristides Júnior, de 42 anos de idade.
A blitz acontecia na região do Eixo Monumental em Brasília e Raimundo se recusou a parar, quando acelerou e atingiu um dos PMs. Dirigindo uma BMW 320i, ele acabou sendo alvo de tiros. No banco do passageiro, Islan da Cruz Nogueira, de 24 anos, acabou atingido e não resistiu.
O caso foi alvo de investigação e o motorista acabou se tornando réu por dirigir embriagado e também por tentativa de homicídio contra o agente atropelado. Nesta terça (13/08), no entanto, a Justiça inocentou o motorista.
Na decisão, o juiz afirma que não houve tentativa de homicídio porque não houve dolo de Raimundo. O juiz, no entanto, classifica a ação do réu como irresponsável e aponta os crimes cometidos.
“Ainda que a atitude do acusado tenha sido extremamente reprovável, arriscada e irresponsável, é extreme de dúvidas que não praticou crime doloso contra a vida, e sim, ao menos em tese, lesões corporais, desobediência e embriaguez ao volante”, afirma.
Raimundo chegou a passar 30 dias preso em caráter preventivo, mas foi liberado em sequência. Após a decisão, a defesa do réu comemorou a decisão da Justiça e também apontou “injustiças” as quais Raimundo teria sido submetido, citando inclusive o período em que ficou preso.