Identificada pela primeira vez no Brasil no ano de 1996, a mosca-da-carambola (Bactrocera carambolae, Drew & Hancock), conhecida como ‘mosca maldita’, experimentou um aumento populacional preocupante nos últimos meses.
Diante dessa situação, o governo optou por declarar estado de emergência fitossanitária nos estados do Amazonas, Pará, Roraima e Amapá, fortalecendo assim as ações de monitoramento e combate à espécie, nesta região.
Caso a sua propagação se estenda por outras regiões do país, estudos indicam um possível prejuízo de até R$400 milhões anuais nas exportações de frutas brasileiras.
A ‘mosca maldita’ ataca pelo menos 23 variedades de frutas no Brasil, e mostra maior gosto por frutas como carambola, manga, goiaba, jambo e acerola. Nesse cenário, essas frutas servem como hospedeiras para as larvas da mosca, que se alimentam da polpa, o que resulta em uma queda considerável da safra, gerando milhões de reais em prejuízo.
Devido à sua voracidade e capacidade reprodutiva, ela é classificada como uma das pragas de frutas mais prejudiciais em todo o mundo. Uma única fêmea, tem a capacidade de gerar de 1.200 a 1.500 ovos ao longo de sua vida.
Em virtude deste cenário, está terminante proibido transportar frutas do Amapá para outras regiões do país. Desde abril, essa área de quarentena foi ampliada para Roraima, e na portaria publicada na última segunda-feira (13), juntamente com a declaração de emergência com validade de um ano, a proibição foi estendida a 26 municípios do Pará.