Nesta semana, a Prefeitura do Rio de Janeiro determinou a demissão de 20 funcionários da UPA Cidade de Deus, onde um homem morreu sentado enquanto esperava atendimento.
As demissões, no entanto, tem gerado repercussões. Nesta quinta-feira (19/12), o Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Rio de Janeiro conseguiu uma pequena vitória na Justiça.
O Sindicato questiona a demissão do enfermeiros que estavam de plantão no dia em que aconteceu a tragédia. “Demissões injustas e arbitrárias, retirando o sustento das famílias destes trabalhadores”, disparou o advogado José Carlos Nunes.
Nesta quinta, o sindicato conseguiu acesso as imagens das câmeras de segurança da UPA. A juíza Elisangela Belote Mareto, da 57ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, decidiu em favor do pedido por entender que as imagens podiam se perder, já que o armazenamento tem tempo limitado.
A RioSaude, que é quem administra os hospitais, tem 48h para entregar as filmagens. Caso não entregue as imagens, a RioSaude deve ser multada em R$200 por dia. As imagens dos dias 11, 12 e 13 de dezembro devem ser entregues ao Sindicato.
Apesar da demissão de 20 profissionais, a prefeitura não divulgou os nomes de nenhum dos ex-funcionários envolvidos no caso. Na lista de demissões estão médicos, enfermeiros e até funcionários da recepção da UPA. As demissões, no entanto, estão sendo questionadas.
Morte ainda não foi esclarecida
José Augusto Mota da Silva tinha apenas 32 anos de idade e deu entrada na UPA com queixas de fortes dores. O rapaz passou pela triagem e se sentou em uma cadeira da recepção, esperando seu nome ser chamado. No entanto, enquanto esperava, José sofreu um mal agudo e não resistiu.
Até o momento, ainda não foi esclarecido qual foi a causa da morte de José Augusto. O rapaz chegou a ser levado para a sala vermelha, mas já estava sem vida no momento em que foi socorrido.