A morte do garçom José Augusto Mota Silva em uma UPA, no Rio de Janeiro, continua sendo investigada pela Polícia Civil e a prefeitura do Rio. O homem estava na UPA da Cidade de Deus aguardando atendimento, depois de procurar ajuda se queixando de fortes dores.
O caso esta sendo investigado pela 41ª DP (Tanque), que agora tenta esclarecer quanto tempo José esperou, e também qual foi a exata causa da morte. Uma informação preliminar da Secretaria de Saúde do Rio aponta que José Augusto sofreu uma parada cardiorrespiratória.
No entanto, essa ainda é uma informação preliminar. O corpo foi encaminhado ao IML e deve passar por autópsia, para esclarecer de fato qual a causa da morte. Ainda não existe uma data determinada para que o laudo seja concluído.
No último domingo (15/12), a família realizou o velório de José Augusto. Com lágrimas, o pai do rapaz se desesperou ao falar do filho. “Ele chegou lá gritando de dor, pedindo atendimento e ninguém atendeu. Foi ficando lá, sentado. Até que morreu com o pescoço tombado”, disparou.
“Ele não merecia morrer daquele jeito, sentado. Ninguém merece morrer que nem bicho, daquela forma. É desumano”, disparou Meiriane, irmã do garçom. José morreu na última sexta-feira (13/12).
Demissão e investigação
A Prefeitura do Rio tomou a decisão de demitir 20 funcionários que atuavam na UPA e estiveram durante o atendimento a José. Na lista foram demitidos médicos, enfermeiros e pessoal da recepção. O secretário de Saúde do Rio, Daniel Soranz, se revoltou sobre a falta de atendimento.
“A responsabilidade pela atenção dos pacientes, classificação de risco e fluxo dos pacientes é compartilhada por toda a equipe do plantão“, disse o secretario. A prefeitura do Rio de Janeiro e a Polícia Civil investigam o caso.