O cenário musical internacional recebeu com pesar a notícia do falecimento da lendária cantora e atriz britânica Marianne Faithfull, que partiu aos 78 anos em Londres. Seu porta-voz divulgou a informação através de um comunicado emocionante.
“É com profunda tristeza que anunciamos a morte da cantora, compositora e atriz Marianne Faithfull. Marianne faleceu pacificamente em Londres hoje, na companhia de sua amorosa família. Ela fará muita falta”, diz a nota oficial.
A artista deixa um legado musical impressionante, tendo conquistado reconhecimento internacional com sua interpretação única de “As Tears Go By”, composição assinada pela dupla Mick Jagger e Keith Richards, dos Rolling Stones. Sua voz distintiva e presença marcante a transformaram em um dos símbolos mais importantes da cena musical britânica.
Para além da música, Faithfull construiu uma carreira significativa no cinema, destacando-se em produções memoráveis como “A Garota da Motocicleta”, filme que marcou época em 1968. Sua versatilidade artística a levou a participar de produções contemporâneas como “Maria Antonieta” e “Irina Palm” nos anos 2000.
O teatro também foi palco para seu talento versátil, onde brilhou em montagens clássicas como “Three Sisters” e “Hamlet”, demonstrando sua capacidade de transitar entre diferentes formas de expressão artística com naturalidade e competência.
Sua conexão com os Rolling Stones vai além da música. Seu relacionamento com Mick Jagger nos anos 60 inspirou algumas das composições mais emblemáticas da banda, incluindo as célebres “You Can’t Always Get What You Want” e “Wild Horses”, eternizando sua influência na história do rock.
A jornada de Faithfull foi marcada por desafios pessoais significativos, especialmente durante as décadas de 70 e 80, quando enfrentou problemas de saúde decorrentes do uso excessivo de substâncias e lutou contra a anorexia, períodos que testaram sua resiliência.
Sua história representa mais que uma trajetória artística; simboliza a resistência feminina em uma indústria predominantemente masculina, tendo conseguido manter sua identidade artística própria, mesmo quando sua imagem estava fortemente associada a um dos maiores grupos do rock mundial.
A artista permaneceu ativa e relevante ao longo de toda sua carreira, reinventando-se constantemente e mantendo-se fiel à sua essência artística, mesmo diante dos obstáculos que a vida lhe apresentou.