Maria Gabriela Silva, de apenas 4 anos, faleceu na noite de terça-feira (21) após uma longa batalha pela vida que durou mais de 20 dias no Hospital de Urgência de Teresina (HUT).
A menina foi vítima de envenenamento ao ingerir arroz contaminado com uma substância tóxica semelhante ao chumbinho em Parnaíba, litoral do Piauí. A notícia foi confirmada pela direção do hospital na manhã desta quarta-feira (22).
A criança foi hospitalizada no dia 3 de janeiro e estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica. Apesar dos esforços médicos, seu estado de saúde piorou significativamente nas últimas 24 horas, culminando em sua morte.
Ela não foi a única vítima da tragédia: sua mãe, dois irmãos e um tio também perderam a vida após consumirem a mesma refeição envenenada. Outros oito familiares foram hospitalizados em decorrência do mesmo episódio.
As investigações apontam Francisco de Assis Pereira da Costa, de 53 anos, padrasto da mãe da criança, como o principal suspeito do crime. Ele está preso desde 8 de janeiro, acusado de contradições em seus depoimentos e de fornecer diferentes versões sobre o ocorrido.
A polícia também passou a investigar sua possível ligação com outras mortes semelhantes ocorridas em 2024, quando os irmãos Ulisses Gabriel e João Miguel Silva, de oito e sete anos, morreram com sinais de envenenamento por uma substância idêntica.
A tragédia trouxe à tona falhas anteriores nas investigações, incluindo um caso de 2024 em que uma vizinha, inicialmente acusada de envenenar os irmãos, foi inocentada após a emissão tardia de um laudo.
A Justiça agora cobra respostas da polícia, dando um prazo até sexta-feira (24) para que esclareçam se a demora prejudicou as investigações. Enquanto isso, a audiência de instrução e julgamento do caso está marcada para esta quinta-feira (23).
O desfecho do processo poderá lançar luz sobre os crimes, que chocaram a comunidade local e levantaram questionamentos sobre a segurança e a condução das investigações.
O caso é um alerta para a gravidade de crimes por envenenamento e reforça a necessidade de celeridade na busca por justiça e proteção para as famílias afetadas.