Nesta segunda-feira, dia 5 de maio, irá acontecer a visita de David Gamble, chefe interino da Coordenação de Sanções do Departamento de Estado dos Estados Unidos que é carregada de tensões nas relações bilaterais entre os dois países.
Será a primeira vez que um representante do governo Trump vem ao Brasil desde a posse do presidente em janeiro de 2025. Oficialmente, a agenda dele inclui reuniões sobre combate a organizações criminosas transnacionais, como tráfico de drogas e terrorismo.
O tema da pauta será oficialmente o do combate a essas organizações e não há confirmações de que Moraes poderá sofrer alguma punição, até o momento. Contudo, as relações se mostram cada vez mais tensas.
A visita irá acontecer em meio a tensões diplomáticas crescentes, especialmente relacionadas às ações do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes.
Parlamentares republicanos dos EUA, como Rich McCormick e María Elvira Salazar, têm pressionado por sanções contra Moraes, acusando-o de violar direitos humanos e suprimir a liberdade de expressão.
Desta forma, eles solicitaram ao governo Trump a aplicação da Lei Magnitsky, que permite sanções contra indivíduos acusados de corrupção ou violações de direitos humanos.
Além disso, empresas americanas como a Rumble e a Trump Media & Technology Group moveram ações judiciais contra Moraes, alegando que suas decisões judiciais extrapolam a jurisdição brasileira e violam a soberania dos Estados Unidos.
Em resposta, Alexandre de Moraes repudiou as tentativas de interferência estrangeira no Judiciário brasileiro, enfatizando a soberania nacional e a independência do Poder Judiciário.
“Quando eu disse que a batata do Alexandre de Moraes estava esquentando aqui nos Estados Unidos, pode ter certeza de que está esquentando de verdade”, chegou a dizer Eduardo Bolsonaro, em suas redes sociais.
A visita de Gamble também inclui a possibilidade de encontros com figuras da oposição brasileira, como o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho, o senador Flávio Bolsonaro.
Eduardo Bolsonaro, outro filho do ex-presidente, tem intensificado esforços nos EUA para pressionar por sanções contra Moraes, participando de eventos e reuniões com autoridades americanas.