Nesta quarta-feira (04/06), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de um novo inquérito contra a deputada Carla Zambelli. A decisão vem logo após uma ordem de prisão, que atendeu a um pedido da Procuradoria Geral da República (PGR).
A investigação deverá ser conduzida pela Polícia Federal e vai apurar a suspeita de dois crimes: coação no curso do processo e obstrução de investigação que envolva organização criminosa.
A Polícia Federal também ficará responsável por monitorar as movimentações digitais de Carla Zambelli, e pessoas próximas a ela, e preservar publicações que tenham relação com as investigações.
Moraes também determinou que o Banco Central envie informações detalhadas sobre as movimentaçoes de pix da deputada, inclusive dos remetentes, pelos últimos 30 dias. A própria Zambelli afirmou ter recebido R$166 mil em doações através do pix.
A decisão de Moraes também determina que Zambelli deve prestar depoimento à Polícia Federal nos próximos 10 dias. A reação do STF vem após a deputada, em entrevista ao canal AuriVerde, no YouTube, revelar que havia deixado o país.
Zambelli fugiu do Brasil para evitar a possível prisão, uma vez que acabou de ser condenada a 10 anos de prisão. Ela tem o direito de recorrer da decisão, mas decidiu deixar o país com destino à Europa supostamente.
A deputada deixou o Brasil primeiro com destino à Argentina, depois embarcou do país vizinho aos Estados Unidos e, segundo suas próprias informações, tem a intenção de viajar para a Itália, onde tem cidadania.
A entrevista levou a uma manifestação da PGR, que solicitou ao STF uma ordem de prisão preventiva. Vale lembrar que além de ter sido condenada à prisão, Zambelli também corre o risco de ter seu mandado cassado.