A investigação sobre a morte do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Júnior, de 36 anos, ocorrido em uma área de obras no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, segue em curso com novos elementos que reforçam a suspeita de homicídio.
Em coletiva de imprensa realizada na quarta-feira, 18 de junho, a Polícia Civil detalhou as descobertas do laudo pericial, que apontam para uma morte lenta e dolorosa por asfixia. O corpo do empresário foi localizado no dia 3 de junho, dentro de um buraco estreito e de difícil acesso no canteiro de obras.
Segundo a agente de segurança da Polícia Civil, Ivalda Aleixo, os sinais encontrados indicam que Adalberto possivelmente perdeu a consciência enquanto tentava respirar, tornando a situação ainda mais agonizante.
Lesões no pescoço sugerem que ele pode ter sido imobilizado com um golpe semelhante ao “mata-leão”, ou ainda que seu tórax tenha sido comprimido com um joelho, dificultando a respiração.
A Polícia Civil ainda tenta esclarecer se a vítima foi agredida antes ou depois de ser colocada no buraco. Os peritos do Instituto Médico Legal também encontraram vestígios de sêmen na região genital da vítima, o que inicialmente gerou questionamentos sobre um possível abuso sexual.
Contudo, a hipótese foi descartada após exames adicionais confirmarem que a presença do líquido poderia ter ocorrido espontaneamente como resposta fisiológica à asfixia. Não foram identificados espermatozoides nas análises de cavidades oral e anal, reforçando que não houve violência sexual.
A linha investigativa da polícia concentra-se agora em determinar quem esteve com Adalberto antes do crime e se houve motivação pessoal ou profissional. O cenário encontrado pelos peritos indica um assassinato cometido com violência.
Os investigadores da Polícia Civil, trabalham com a possibilidade de que o autor tenha tido alguma relação íntima com a vítima. O caso segue sob apuração, e a polícia pretende aprofundar as análises técnicas para confirmar as circunstâncias da morte, enquanto busca identificar os possíveis responsáveis.
A morte do empresário, agora oficialmente tratada como homicídio, gera comoção e exige respostas claras para familiares e sociedade. O caso ganhou uma enorme repercussão em todo o país.
