A política de deportação do governo Donald Trump tem gerado intensas discussões e preocupações ao redor do mundo, especialmente na América Latina. A abordagem rígida e muitas vezes polêmica em relação aos imigrantes tem levado países da região a repensarem suas estratégias diplomáticas e humanitárias para lidar com a crise migratória.
Espera-se que um grande número de imigrantes ilegais que estão nos Estados Unidos sejam mandados de volta para seu país de origem. A política de Trump teve início no mesmo dia em que ele tomou posse.
Diante desse cenário, líderes latino-americanos tentaram organizar uma reunião para debater o impacto dessas medidas, mas o encontro acabou sendo cancelado devido a pressões políticas e negociações de bastidores.
A Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) havia programado um encontro para esta quinta, dia 30 de janeiro, para discutir as ações do governo Trump em relação às deportações em massa.
No entanto, divergências entre os países-membros e um acordo inesperado entre Estados Unidos e Colômbia levaram à desmobilização da reunião. Além disso, uma grande pressão dos governos da Argentina e de El Salvador, que apoiam Trump, contribuiu para o cancelamento do debate.
Fontes diplomáticas afirmam que o presidente colombiano Gustavo Petro e Trump chegaram a um entendimento que reduziu a tensão entre os dois países, o que enfraqueceu a necessidade de um posicionamento coletivo da América Latina.
Enquanto isso, no Brasil, o governo criou um grupo de trabalho para garantir que os imigrantes deportados recebam condições mínimas de dignidade, como acesso a comida, água e transporte adequado.
Mesmo com o adiamento da reunião, a crise migratória e a política de deportações dos EUA continuam sendo um tema sensível. Muitos países da América Latina ainda buscam alternativas para lidar com o impacto das medidas de Trump, que prometem continuar gerando repercussões na geopolítica da região.