Internações prolongadas e procedimentos delicados envolvendo líderes políticos frequentemente atraem a atenção pública, principalmente quando se referem a sequelas de episódios traumáticos anteriores.
No caso do ex-presidente Jair Bolsonaro, sua condição de saúde voltou a gerar repercussão nacional após uma nova intervenção cirúrgica no intestino, realizada neste final de semana em Brasília.
Na manhã desta segunda-feira, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro publicou a primeira imagem do marido após a operação, transmitindo otimismo com a recuperação.
Na publicação, ela tranquilizou apoiadores afirmando que “já deu tudo certo”. Bolsonaro permanece na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, onde segue sob observação médica.
De acordo com boletim divulgado pela equipe médica, o ex-presidente apresenta quadro estável, sem dores e com boa evolução clínica até o momento, o ex-presidente não tem previsão de alta hospitalar.
A cirurgia, que durou aproximadamente 12 horas, foi necessária após Bolsonaro apresentar um quadro de distensão abdominal na última sexta-feira (11), quando estava no interior do Rio Grande do Norte.
Inicialmente internado em um hospital municipal de Santa Cruz, ele foi transferido de helicóptero para a capital Natal, onde exames revelaram agravamento do quadro e indicaram a necessidade de um procedimento mais complexo. Com isso, ele foi levado a Brasília para a operação.
Claudio Birolini, médico responsável pelo procedimento, destacou as dificuldades enfrentadas durante a cirurgia. Segundo ele, o ex-presidente possuía um “abdômen hostil”, resultado de múltiplas intervenções anteriores, o que tornou o processo ainda mais delicado.
“A situação do presidente, era um abdômen hostil, várias cirurgias prévias e uma parede abdominal bastante prejudicada. Isso nos antecipava que seria um procedimento complexo e trabalhoso”, afirmou o médico.
A fragilidade da parede abdominal exigiu atenção redobrada da equipe médica. A expectativa agora é de que Bolsonaro permaneça em recuperação na UTI pelos próximos dias, com possíveis avanços graduais na transição para o quarto.
A equipe médica reforça que a prioridade é garantir uma recuperação segura e sem pressa, considerando o histórico clínico do paciente. Enquanto isso, o ex-presidente seguirá afastado de suas atividades políticas até nova avaliação médica.