Na madrugada do último sábado, uma confusão na Praça Raul Soares, no Centro de Belo Horizonte (MG), terminou com a morte do advogado Marvio Blanco Ludolf, de 43 anos.
Segundo informações da polícia, tudo começou quando um casal começou a discutir na praça. Os dois trocaram agressões e Marvio, que estava com um amigo num carro de aplicativo, decidiu intervir.
Os dois voltavam de uma boate e, acreditando que a mulher era vítima de assalto, Marvio pediu que o motorista parasse o carro. Segundo a polícia, além de Marvio, mais pessoas também se envolveram na confusão, que acabou virando uma briga generalizada.
Uma das pessoas que também tentou intervir na confusão foi Miguel Freitas Teixeira, de 25 anos, um estudante da UFMG. Foi ele quem usou um canivete contra Marvio e acabou esfaqueando a vítima.
Para a polícia, Miguel alegou que no momento da confusão acho que Marvio era o agressor da mulher. O suspeito foi preso na Savassi, no domingo (28/01), em frente ao prédio onde mora. Em conversa com os PMs, ele admitiu o crime. Na delegacia, no entanto, se manteve em silêncio durante o depoimento.
Marvio era advogado e natural do Rio de Janeiro, ele estava em Belo Horizonte para fazer uma prova da Polícia Civil. Nas redes sociais, o pai do advogado lamentou a morte do filho. O patriarca compartilhou as palavras da delegada a frente do caso.
“‘Do fundo do meu coração, não imagino a dor do senhor, mas hoje tudo que pude fazer para amenizar fizemos, e acabamos de prender o autor. [Ele] será autuado em flagrante. Espero que Deus conforte o coração de vocês. Seu filho quis fazer o bem e defender uma possível vítima, ele foi um herói’“, escreveu o pai de Marvio.