Fenômenos da natureza, embora fascinantes, podem causar grande angústia e preocupação. Foi o que ocorreu na madrugada desta segunda, dia 2 de dezembro, em Jaguaruna, no Litoral Sul de Santa Catarina, onde um raro tsunami meteorológico provocou estragos significativos, deixando a população em alerta.
O fenômeno, caracterizado por um súbito avanço do mar sobre a costa, foi registrado na região da Esplanada. A força das ondas foi suficiente para derrubar muros e invadir áreas residenciais.
Segundo o climatologista Márcio Sônego, da Epagri, uma combinação de fatores contribuiu para o evento: uma queda acentuada na pressão atmosférica, ventos fortes e a influência da lua nova, que intensificou a maré alta.
A Defesa Civil confirmou o fenômeno, relatando um aumento momentâneo de um metro na maré em um curto espaço de tempo, registrado pela estação maregráfica de Balneário Rincão, município vizinho.
Ao contrário de ressacas comuns, o tsunami meteorológico é imprevisível e ocorre de forma abrupta, geralmente associado à passagem de frentes frias e linhas de instabilidade atmosférica.
Não é a primeira vez que o Litoral Sul catarinense enfrenta esse tipo de ocorrência. Em anos anteriores, locais como Laguna e Barra Velha também registraram tsunamis meteorológicos que arrastaram carros e danificaram estruturas.
Embora não tenha deixado feridos, o evento reacende a discussão sobre a necessidade de monitoramento mais preciso e estratégias de alerta para mitigar os impactos de fenômenos naturais raros. A força da natureza, mais uma vez, serve como um lembrete de sua imprevisibilidade e poder.