Rodovias movimentadas exigem atenção redobrada, especialmente quando crianças estão por perto. Situações cotidianas, como uma simples ida ao barbeiro, podem se tornar momentos de risco quando fatores como distração, clima adverso ou falta de sinalização entram em cena.
Em Guaçuí, no Sul do Espírito Santo, um desses episódios marcou profundamente a comunidade local, ao envolver o atropelamento de uma criança de apenas 11 anos. Pedro Oliveira Lara de Souza havia saído com a família para cortar o cabelo quando atravessou a BR-482 e foi atingido por uma motocicleta.
O menino não resistiu aos ferimentos e faleceu no local, apesar da tentativa de atendimento feita pelo SAMU. Segundo relato da mãe, o menino não tinha o costume de atravessar ruas sozinho, e tudo aconteceu em questão de segundos, enquanto ela manobrava o carro.
O motociclista, de 34 anos, permaneceu no local e fez o teste do bafômetro, que apontou resultado negativo para consumo de álcool. Devido ao estado emocional da população local, o condutor precisou ser retirado com rapidez por segurança e levado ao pronto-socorro. Veja vídeo completo:
Após ser ouvido pela Polícia Civil, ele foi liberado, pois não foram encontrados indícios de infração que justificassem prisão em flagrante. O acidente gerou grande comoção. No mesmo dia, moradores realizaram um protesto, interrompendo parcialmente o trânsito com barricadas e fogo na pista.
O Corpo de Bombeiros atuou para conter as chamas e liberar a via. O pai da criança descreveu Pedro como um menino afetuoso e alegre, cuja presença era sempre luminosa. O caso segue em apuração pelas autoridades competentes e levanta importantes questionamentos sobre a segurança.
Situações como essa ressaltam a importância de criar zonas de travessia seguras, principalmente próximas a bairros residenciais. Crianças, por sua impulsividade e pouca experiência com o trânsito, merecem atenção redobrada tanto de condutores quanto do poder público.
