O cerol, mistura cortante feita com vidro moído e cola aplicada em linhas de pipa, há muito tempo deixou de ser apenas uma “técnica” de disputa entre pipas. Tornou-se um perigo real e, infelizmente, fatal.
Casos envolvendo esse material seguem deixando vítimas em todo o Brasil, e o mais recente deles parou Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, ao tirar a vida de um menino de apenas 7 anos.
A tragédia aconteceu na tarde da última segunda, dia 2 de junho, quando o pequeno Radyel Kelvin Lima da Silva, aluno da rede municipal, saiu de casa após a aula para andar de bicicleta pelas ruas do bairro Jardim Zara.
No caminho, encontrou uma pipa caída. Como toda criança, viu ali um brinquedo. Recolheu o objeto, enrolou a linha entre o peito e o pescoço e continuou pedalando.
Mas o que parecia inofensivo se transformou em uma armadilha: a linha, provavelmente com cerol, se enroscou na bicicleta e provocou um corte grave.
Radyel foi socorrido às pressas e levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Leste, mas infelizmente não resistiu. A morte do menino causou comoção em toda a comunidade.
A Prefeitura de Ribeirão Preto suspendeu as aulas na escola onde ele estudava como forma de luto e solidariedade.
Diante da gravidade do caso, o município anunciou uma operação de fiscalização nos comércios locais para coibir a venda ilegal de linhas com cerol.
A população também foi orientada a denunciar estabelecimentos suspeitos através do número 153, da Guarda Civil Metropolitana.
A perda de Radyel não é apenas uma tragédia familiar, mas um alerta urgente para o perigo que o cerol representa. Brincar de pipa não pode continuar sendo um risco de vida especialmente para quem só queria aproveitar a infância.