Notícias

Menina de 14 anos que foi picada por inseto perdeu parte da perna e caso serve de alerta

ANÚNCIOS

Picada de inseto causou 49 dias de internação e várias doses de morfina.

ANÚNCIOS

Atividades pedagógicas ao ar livre, frequentemente promovidas com o intuito de aproximar os alunos da natureza e de práticas sustentáveis, também podem esconder armadilhas perigosas quando não são acompanhadas das devidas medidas de segurança e prevenção.

Em ambientes ricos em biodiversidade, como parques e áreas de mata preservada, o contato com vetores de doenças infecciosas representa um risco real, especialmente em locais com pouca manutenção e vegetação alta.

ANÚNCIOS

No Brasil, a leishmaniose é uma dessas doenças endêmicas, cuja transmissão se dá exclusivamente pela picada de mosquitos infectados, sendo mais comum em regiões com grande presença de matéria orgânica e pouca intervenção sanitária.

Foi nesse contexto que uma tragédia atingiu Maria Clara Oliveira Nogueira, uma estudante de 14 anos da cidade de Caieiras, na Região Metropolitana de São Paulo.

Em fevereiro de 2022, durante uma aula de artes que envolvia atividades práticas na horta da escola estadual Doutor Mário Toledo de Moraes e na mata do Parque Estadual do Juquery, a jovem foi picada por um mosquito-palha, vetor da leishmaniose.

Inicialmente, a picada gerou apenas incômodo, mas rapidamente evoluiu para uma infecção grave. Em menos de duas semanas, a adolescente apresentou sintomas severos e foi hospitalizada com diagnóstico confirmado da doença.

O tratamento foi longo e doloroso, incluindo internação por 49 dias e uso contínuo de morfina para aliviar a dor. Apesar dos esforços médicos, Maria Clara perdeu parte significativa da panturrilha esquerda, o que resultou em comprometimento permanente.

ANÚNCIOS

Sua mãe relatou que, mesmo diante do sofrimento, a jovem manteve uma postura resiliente durante a recuperação. O caso serve de alerta sobre os perigos que um simples inseto pode trazer para a saúde.

Embora a escola tenha alegado que ações de dedetização e controle de pragas eram rotineiras, o caso levantou questionamentos sobre os critérios de segurança adotados em atividades externas, especialmente em áreas com histórico de presença de vetores infecciosos.

A situação também reforça a importância do uso de equipamentos de proteção individual, como roupas longas e repelentes, além da necessidade de avaliações de risco mais rigorosas antes de levar estudantes para áreas com características ambientais específicas.

A leishmaniose, apesar de não ser contagiosa entre pessoas ou animais, representa uma ameaça considerável à saúde pública. O episódio vivido por Maria Clara destaca a importância de programas de conscientização e prevenção em escolas localizadas próximas a áreas naturais, para que tragédias semelhantes possam ser evitadas.

Sobre o Autor

Fabiana Batista Stos

Jornalista digital, com mais de 10 anos de experiência em criação de conteúdo dos mais diversos assuntos. Amo escrever e me dedico ao meu trabalho com muito carinho e determinação.