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Médico explica distúrbio que afeta Beyoncé: ‘pode atingir diversas partes do corpo’

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No Brasil, cerca de 5 milhões de pessoas convivem com essa condição, segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

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Apesar de ser reconhecida como uma doença de pele, a psoríase pode afetar muito mais do que a epiderme. O impacto do distúrbio autoimune pode atingir diversas partes do corpo, comprometendo órgãos internos e elevando o risco de outras doenças graves.

A cantora Beyoncé trouxe novamente o tema à tona ao compartilhar, em um vídeo de sua marca de cuidados capilares, um relato pessoal sobre sua experiência com a doença. O caso reacendeu a atenção para os aspectos menos conhecidos da psoríase, que vai muito além das marcas visíveis na pele.

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O dermatologista Dr. Daniel Cassiano, diretor da SBD-RESP (Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional São Paulo), reforça a necessidade de desmistificar a condição.

“Há uma percepção equivocada entre alguns de que a psoríase é ‘apenas’ uma doença da pele. Mas, na verdade, é um distúrbio causado por um sistema imunológico excessivamente ativo que pode atacar muitas áreas do corpo”, destaca.

Essa hiperatividade do sistema imune acelera a renovação celular, levando ao surgimento de lesões características. Entretanto, o processo inflamatório também tem implicações mais amplas.

Diversos estudos já relacionaram a psoríase a um risco aumentado de doenças cardiovasculares, síndrome metabólica, obesidade, hipertensão, colesterol elevado e resistência à insulina. Problemas como depressão, ansiedade, doenças inflamatórias intestinais, renais e hepáticas também podem estar associados.

Os sintomas clássicos incluem lesões avermelhadas, descamação intensa, crostas e inflamações visíveis. Dr. Cassiano detalha o mecanismo por trás dessas manifestações:“Em resposta a essa agressão, essas células começam a se proliferar rapidamente, sem que ocorra a descamação natural da pele, resultando na formação de crostas. A inflamação é perceptível devido à dilatação dos vasos sanguíneos, o que leva ao surgimento de manchas avermelhadas”.

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Embora a psoríase pode impactar a longevidade do paciente de forma indireta. “Isso é particularmente verdadeiro para aqueles com doença grave. Não é necessariamente a psoríase que está encurtando a expectativa de vida, mas os ataques cardíacos, derrames e outras comorbidades associados a ela”, ressalta o dermatologista.

O controle da doença depende de acompanhamento contínuo. Os tratamentos incluem medicamentos tópicos, imunobiológicos, terapias sistêmicas e fototerapia. Mas o manejo da psoríase também exige mudanças no estilo de vida.

Manter uma alimentação equilibrada, evitar o consumo de álcool e cigarro, praticar atividades físicas e controlar o estresse são medidas fundamentais para evitar crises e prevenir complicações associadas. Dr. Cassiano ainda reforça a importância do monitoramento médico frequente.

A fala de Beyoncé ajudou a trazer visibilidade à psoríase, lembrando que a condição pode ser silenciosa em muitos aspectos, mas exige atenção médica constante e cuidados além da superfície da pele.

Sobre o Autor

VANESSA B

Escreve de tudo um pouco: notícias do dia, curiosidades, ciências... basta ter um bom café pra animar a prosa.