Nesta terça-feira (03/06), Marlon Brendon Coelho, o MC Poze do Rodo, foi cercado por jornalistas após deixar o Complexo de Gericinó, em Bangu. O cantor se mostrou irritado ao responder perguntas e criticou a ação da polícia.
Durante a entrevista, Marlon desabafou sobre a prisão e afirmou ter construído seu patrimônio de forma legal, através da música. Poze pediu para ser deixado em paz e afirmou que os filhos ficaram traumatizados pela ação da polícia.
“Meus filhos pequeno tá com trauma de polícia. Se meus filho vê polícia, meus filho chora, porque vocês não param de vir aqui em casa. Me deixa em paz, porra! (sic)”, disse.
Poze se referiu a ação da polícia que resultou em sua prisão, há poucos dias. O cantor foi preso dentro de casa e conduzido à delegacia descalço e sem camisa, mesmo sem ter oferecido resistência a prisão.
Ainda em declaração à imprensa, Poze questionou o porque de estar sendo tratado dessa forma. O músico falou sobre racismo e também sobre o preconceito que sofrem as pessoas oriundas das favelas do Rio.
“Eu tive minha luta, fui atrás, corri para construir meu castelo, não é com dinheiro de nada de errado, não, é com minha luta, com o dinheiro dos meus shows; parem de me perseguir e de atacar meus fãs. A polícia do RJ não gosta de mim e faz isso aí”, disparou.
Poze também questionou a truculência usada pela polícia para conter uma manifestação que se formou no local diante de sua soltura. Fãs do cantor foram recebidos pelos Batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidão (RECOM) e do Batalhão de Choque, com spray de pimenta e truculência.
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Quem também estava no local foi o cantor Oruam, que veio liderando uma série de protestos, pessoalmente e nas redes sociais, pedindo a soltura do amigo. O próprio Oruam também alega ser alvo de perseguição da polícia.
Poze é alvo de uma investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro que aponta o cantor como parte de uma organização criminosa, associada ao tráfico, que seria responsável por lavar dinheiro do crime. Poze também é acusado de usar sua música para fazer apologia ao crime.
