Os trágicos casos de violência doméstica continuam a devastar famílias, deixando um rastro de dor e indignação. Um desses episódios chocantes ocorreu no último domingo, dia 24 de novembro, em Palmeira, Santa Catarina, quando uma mulher de 39 anos foi assassinada pelo próprio marido, que confessou o crime com frieza impressionante.
Cristiana Almeida Araújo de Andrade foi morta a tiros pelo esposo de 61 anos, que entrou em contato com a polícia confessando ter disparado quatro vezes contra ela. Na ligação, o agressor, em um gesto de aparente desprezo pelas consequências de seus atos, afirmou que só se entregaria às autoridades após 48 horas.
O corpo da vítima foi encontrado em uma estrada rural na localidade de Cerro Alto, com ferimentos fatais no peito e abdômen. A Polícia Militar agiu rapidamente para localizar o suspeito, encontrando-o em uma propriedade rural em Rancho de Tábuas, a 18 quilômetros da área urbana.
Durante a abordagem, o homem admitiu novamente o crime e indicou o local onde estava a arma utilizada no feminicídio. Além de evidenciar a gravidade da violência doméstica no Brasil, esse caso ilustra o despreparo emocional e a brutalidade com que algumas situações podem evoluir, culminando em feminicídios — crimes que, muitas vezes, poderiam ser evitados com intervenções precoces.
O suspeito foi preso em flagrante e levado para a Central de Polícia Civil, onde enfrenta os procedimentos legais. Casos como esse reforçam a urgência de políticas públicas mais efetivas e uma mobilização da sociedade contra a violência de gênero, que tem ceifado vidas e gerado cicatrizes irreparáveis.
