Os bebês reborn, bonecas hiper-realistas que reproduzem fielmente a aparência de recém-nascidos, estão em alta no Brasil. Diante da repercussão gerada, há propostas legislativas circulando que são dedicadas ao tema.
Dados do Google Trends apontam um aumento de quase sete vezes nas buscas pelo termo desde o começo do mês. Com isso, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro, aprovou um projeto no dia 8 de maio que está relacionado as bonecas.
A autoria do projeto é do vereador Vitor Hugo, do MBD, que instituiu o “Dia da Cegonha Reborn”. A proposta apenas está aguardando a sanção do prefeito Eduardo Paes (PSD).
O texto reforça o papel das artesãs, que são apelidadas de cegonhas, e que transformam bonecas de vinil e tecido em bebês reborn que geram muito interesse por parte de compradores que serão seus “pais”.
“O nascimento de um bebê é um momento singular para uma mulher, e o processo de recebimento de um reborn reproduz esse rito de acolhimento, já que essas ‘crianças’ chegam ao seu novo lar pelas mãos de cegonhas”, declara o parlamentar.
Na justificativa do projeto, o vereador também destacou o caráter terapêutico desta arte, dizendo que em vários países, é mais explicito que a adoção de um reborn auxilia pessoas que sofreram perdas infantis ou que apresentaram traumas.
Em sua defesa, ele alegou que os artesões merecem reconhecimento oficial por sua contribuição ao bem-estar emocional desses colecionadores e pessoas necessitadas.
De acordo com psicólogo, os bebês reborn podem, de fato, servir como recurso terapêutico para quem perdeu um filho ou passou por infâncias traumáticas.
No entanto, é importante ficar atento ao risco de transferir à boneca expectativas que apenas um ser humano real pode surprir, e assim, se criar uma dependência emotiva a aquele objeto.