Maitê Proença revisitou um capítulo doloroso de sua vida, relembrando a exposição inesperada de sua história familiar no programa Domingão do Faustão em 2005. A atriz compartilhou o impacto devastador que a revelação pública teve em sua carreira e identidade.
Durante anos, Proença manteve em segredo a trágica história do assassinato de sua mãe, Margot, por seu próprio pai. A exposição repentina no programa de televisão quebrou seu silêncio cuidadosamente construído ao longo de 25 anos de carreira pública.
A atriz descreveu como a exposição mediática transformou sua imagem. De repente, passou de ser uma figura pública despretensiosa para ser definida por uma tragédia familiar que preferia manter privada.
“Eu tinha uma história familiar que era um segredo meu. Passei 25 anos da minha carreira pública sem falar disso, porque achava que essa história não era só minha, mas, também, de outras pessoas… Um dia fui a um programa de auditório e contaram uma parte dessa história“., desabafou.
Como estratégia de recuperação e ressignificação, Proença encontrou refúgio na escrita. Lançou um livro de ficção com elementos autobiográficos, uma forma criativa de processar seu trauma pessoal.
O livro, intitulado “O Pior de Mim – Uma Vida Inventada”, tornou-se um sucesso editorial, vendendo 150 mil cópias. Sua narrativa criativa incluía duas mulheres para dificultar a identificação direta de sua própria história.
Proença criticou a abordagem sensacionalista da mídia, que expôs sua história íntima sem considerar suas emoções ou desejo de privacidade. Ela enfatizou que tragédias pessoais não devem ser espetacularizadas.
A atriz manifestou desconforto com a ideia de usar sua dor como instrumento de comoção pública. Rejeitou completamente a noção de transformar sua tragédia em objeto de piedade alheia.
Sua experiência ressalta a importância do respeito à privacidade individual e os limites éticos da exposição mediática, especialmente quando se trata de histórias pessoais marcadas por dor e sofrimento.
