No coração de grandes centros urbanos, a solidão e os transtornos emocionais muitas vezes se escondem sob a rotina acelerada, culminando em tragédias difíceis de compreender.
Estima-se que, globalmente, mais de 700 mil pessoas tiram a própria vida a cada ano, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A discussão pública sobre o tema ainda é cercada de cuidados para evitar estímulos indesejados, mas a conscientização é vista como fundamental para a prevenção desses eventos.
Na manhã desta segunda-feira (21), uma ocorrência dramática mobilizou equipes de resgate no centro de São Paulo. Por volta das 8h, o Corpo de Bombeiros foi acionado para atender a uma queda de altura na Avenida Senador Queiroz, no bairro da República.
Ao chegarem ao local, os agentes encontraram uma mulher de 25 anos e seu filho de apenas três anos já sem vida, após uma queda do 12º andar de um edifício. De acordo com as informações iniciais, a mulher teria se lançado do prédio levando a criança consigo.
Quatro viaturas foram destinadas ao atendimento da ocorrência. Um médico da Unidade de Suporte Avançado (USA) confirmou o óbito das vítimas no local. A Secretaria da Segurança Pública do Estado informou que o caso foi registrado como homicídio seguido de suicídio no 2º Distrito Policial, no Bom Retiro.
A Polícia Civil segue investigando para esclarecer as circunstâncias e a motivação que levaram a essa fatalidade. Esses episódios trágicos expõem a importância de tratar os transtornos mentais com seriedade e oferecem um alerta sobre a necessidade de redes de apoio mais robustas.
Depressão, esquizofrenia e o uso de substâncias ilícitas são alguns dos fatores mais comuns que contribuem para comportamentos suicidas, que, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria, poderiam ser evitados em até 90% dos casos com tratamento adequado.
Investir em saúde mental, acolhimento e canais de escuta é fundamental para tentar reduzir essas estatísticas e proteger vidas. O nome das vítimas não foram divulgados pelas autoridades que atenderam a ocorrência.