A dor de perder um filho é avassaladora, ainda mais quando essa perda ocorre de forma inesperada e brutal. Para Iara Costa, mãe de Brayan Eduardo, de 6 anos, a tragédia que marcou sua vida aconteceu enquanto ela e o filho aguardavam, na calçada de casa, a entrega de um lanche, em Nova Serrana, Minas Gerais.
O que deveria ser um momento de alegria simples se transformou em uma cena de horror. Brayan, descrito por sua mãe como sua “luz e tudo o que tinha”, foi vítima de um atropelamento causado por um motorista embriagado no dia 19 de janeiro.
O carro invadiu a calçada, atingindo o menino, Iara e seu namorado, Bruno. O pequeno Brayan não resistiu e foi encontrado debaixo do veículo, enquanto Bruno sofreu múltiplos ferimentos, incluindo fraturas e lesões graves, e permanece internado.
Iara, que sobreviveu ao acidente com ferimentos menores, revive com angústia os instantes do impacto. “Eu me lembro de tudo. Escutei o barulho do carro e vi ele descendo a rua, mas nunca imaginei que viria na nossa direção. Quando percebi, já era tarde demais”, relatou a mãe, que agora carrega o peso do luto e do trauma.
O motorista, um homem de 49 anos, apresentava sinais de embriaguez e confessou ter consumido álcool antes do acidente. Ele foi preso em flagrante e permanece à disposição da Justiça, enquanto o caso é investigado.
A despedida de Brayan ocorreu no Cemitério Municipal, em meio à comoção de familiares e amigos. Para Iara, a busca por justiça é a única forma de dar sentido a tamanha perda. “Nada vai trazer meu filho de volta, mas quero que ele não seja esquecido”, desabafou.
Essa tragédia é um alerta doloroso sobre os perigos da imprudência e da combinação entre álcool e direção, reforçando a necessidade de responsabilidade e empatia no trânsito.