O caso trágico ocorrido em Imperatriz, no Maranhão, abalou a população local e gerou comoção nacional. Mirian Lira, operadora de caixa de 36 anos, perdeu seus dois filhos após consumirem, junto com ela, um ovo de Páscoa supostamente envenenado.
A mãe, ainda em recuperação física e emocional após sua internação, foi liberada para participar do velório da filha mais velha, Evely Fernanda, de 13 anos, falecida poucos dias após o irmão mais novo, Luís Fernando, de 7 anos.
Os dois morreram em decorrência de sintomas que levaram a Polícia Civil a suspeitar de envenenamento. Em entrevista, Mirian expressou o desamparo diante da perda irreparável e clamou por justiça.
Sem conseguir compreender a dimensão da tragédia, relatou que acreditava que a entrega do ovo era uma ação comum de alguma empresa, jamais imaginando que poderia estar diante de uma tentativa de homicídio. Segundo ela, a família consumiu o chocolate junta, sem desconfiar de qualquer risco.
“Só Deus mesmo. Daqui para frente não tenho nem um pouco de noção como que vai ser. Só quero que seja feita justiça porque foram meus dois filhos que eu não vou ter mais de volta. Então é só o que eu peço: Justiça”, desabafou a mãe que está completamente devastada.
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As investigações apontam para um possível crime motivado por vingança. A principal suspeita é Jordélia Pereira Barbosa, ex-esposa do atual namorado de Mirian. A mulher, presa preventivamente, é acusada de ter enviado o chocolate com veneno.
As autoridades acreditam que o relacionamento de Mirian com o ex-companheiro de Jordélia teria despertado ciúmes e impulsionado uma ação criminosa. O casal havia se reencontrado recentemente após uma relação passada na adolescência, e voltaram a se falar em janeiro deste ano, mantendo contato à distância.
Jordélia, por sua vez, vive em Santa Inês, onde é conhecida por atuar na área de estética. Em redes sociais, se apresentava como esteticista e instrutora profissional.
O caso lança luz sobre as consequências trágicas de crimes motivados por questões pessoais e destaca a importância do cuidado e do rastreio de entregas em tempos em que ações simples podem ser usadas como instrumentos de violência.
Enquanto aguarda os resultados do laudo pericial, a sociedade acompanha com atenção os desdobramentos, esperando que a justiça possa dar respostas a uma mãe marcada por uma perda irreparável.