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Mãe de ex-aluno que invadiu escola no ano passado: ‘pais tem que enxergar sinais’

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Mãe abriu o coração sobre sinais que lamenta não ter percebido.

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Em agosto de 2022, a Escola Municipal Éber Louzada Zippinotti sofreu uma tentativa de atentado. Naquela ocasião, o autor foi contido pela polícia antes que tivesse a chance de ferir ou matar alguém.

Henrique, de 18 anos, era morador da cidade, de Vitória (ES), e ex-aluno da unidade de ensino. Com ele, a polícia encontrou 3 bestas, 4 coquetéis molotov, 6 facas ninja e um arco com 59 flechas.

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No mesmo dia, a mãe de Henrique chegava de viagem aos Estados Unidos. Para Adriana, até hoje, as motivações do filho são uma incógnita. O caso em São Paulo reacendeu o drama da família, conforme revelou ao Folha de S Paulo.

Meu filho nunca teve problema de saúde, a gente não tem problema de dinheiro, a gente não tem problema de educação, não tem problema de amor. O que levou meu filho a fazer isso eu não sei“, relatou.

Adriana decidiu falar para alertar pais sobre os sinais que seu filho deu, mas que ela não percebeu. Olhando para trás, Adriana avalia não levou muita coisa em consideração por pensar que era coisa “típica de adolescente”.

Ela relata que o filho sempre foi tímido, vivia no celular ou computador. Adriana relata que o filho mantinha um mesmo grupo de amigos, mas que não se abria para novas pessoas e nem mantinha novos contatos.

O jovem teve um agravamento no comportamento durante a pandemia e terminou o ensino médio em uma escola privada, diferente da qual estava acostumado.

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Adriana conta que ele se tornou mais introspectivo, começou a vestir preto e pedir roupas pretas, coturno e até uma capa de couro. Ela conta que negou presentear o garoto com a capa, afirmando que não fazia frio em Vitória.

Finalmente, Henrique pediu um exemplar do livro de Hitler. Neste momento, Adriana lembra que alertou o filho sobre o assunto e afirmou que nazismo era crime. “E ele: “Não, mãe, eu queria entender a mente do Hitler”. E eu falei: “Ah, então você vai fazer pesquisa, mas o livro eu não vou te dar”, lembrou.

Adriana conta que vem de família militar e que o assunto nunca foi tabu, que até incentivava os filhos com prática de tiro com armas de pressão, mas pelo desejo de que seguissem carreira militar.

A mãe também afirma que, pouco antes da tentativa de atentado, Henrique se tornou ríspido e agressivo em casa, evitando contato físico e afetivo, como beijos e abraços, coisa que era comum para a família, segundo ela.

Adriana conta que na época não viu como algo preocupante, mas como coisa de adolescente. Hoje ela acredita que aqueles já eram sinais de frieza demonstrados pelo filho.

Sobre o Autor

Roberta R

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