O Ministério Público do Paraná denunciou, nesta semana, a madrasta da menina Isabelly Oliveira Assumpção. A criança tinha apenas 3 anos de idade quando, em 2022, morreu afogada na máquina de lavar da família.
Na época, a madrasta da menina alegou que a morte havia sido acidental. No entanto, as investigações da polícia apontaram para uma outra versão. Suzana Dazar dos Santos é acusada de induzir a menina a entrar na máquina.
Segundo a denúncia do Ministério Público, Suzana teria colocado brinquedos dentro da máquina de forma proposital para atrair a criança. A mulher também é acusada de deixar um banco próximo da máquina para que a criança subisse.
A polícia concluiu que Isabelly ficou por um longo período sozinha na lavanderia, cerca de 30 minutos. Para os investigadores, o tempo aponta para uma intenção deliberada da madrasta em permitir que a criança se afogasse.
Suzane foi denunciada por homicídio qualificado e o caso agora tramita na 1ª Vara Criminal de Cascavel. Na denúncia, o Ministério Público também detalha quais teriam sido as motivações da mulher.
De acordo com o texto, Suzane teria agido por um sentimento de posse sobre o pai da menina, Alex dos Santos Assunção. A mulher teria comportamento ciumento e possessivo sobre o homem, o que a levava a ver a menina como uma espécie de obstáculo, porque fazia com que Alex tivesse que manter uma relação com a ex.
A menina morava com a mãe, mas passava as sextas e sábados sob a guarda do pai. No momento do crime, a menina estava sob cuidados da madrasta porque Alex estava trabalhando.
Após a denúncia, o homem falou com a imprensa e comemorou a denúncia. “Nada vai reparar a perda, ter perdido ela, mas a justiça vai acalmar um pouco o nosso coração. […] Devido às provas que tem, que vieram e que estão por vir, a gente acredita que eles estão muito certos”, disse.
